quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saudades do Tom


O Brasil tem grandes cidadãos, intelectuais, cientistas e grandes personalidades que marcaram presença com sua criatividade talento e que muito nos orgulha e fazem parte da nossa rica cultura. Aqui presto homenagem ao nosso querido Tom.


Texto copiado na integra do Blog da jornalista Lúcia Hipolito.

1927 – Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu na Tijuca, mas ainda criança foi morar em Ipanema. Aprendeu a tocar violão e piano, tendo tido aulas, entre outros, com o professor alemão Koellreuter.

Trabalhou algum tempo em um escritório de arquitetura, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Tocava em boates e inferninhos cariocas, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical.

Em 1954 sua carreira começou a decolar. Lançou os sambas Faz uma semana (com John Stockler) e Teresa da praia (com Billy Blanco). Depois compôs Sinfonia do Rio de Janeiro (também com Billy Blanco), além de parcerias com Dolores Duran: Se é por falta de adeus, Por causa de você.

Musicou a peça Orfeu da Conceição (1956), a convite de Vinicius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. A peça, montada com cenário de Oscar Niemeyer no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, fez bastante sucesso. A música Se todos fossem iguais a você foi gravada por vários cantores.

Tom Jobim participou do núcleo fundador da bossa-nova. O disco “Canção do amor demais” (1958), com composições suas e de Vinicius, cantadas por Elizeth Cardoso e acompanhadas pelo violão de João Gilberto e orquestra, é considerado marco na música brasileira, pela originalidade das orquestrações, harmonias e melodias. Inclui, entre outras, Canção do amor demais, Chega de saudade, Eu não existo sem você.

Em 1962, sob patrocínio do Itamaraty, viajou para os Estados Unidos para participar do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall em Nova York. No final desse ano, compôs com Vinicius, um de seus maiores sucessos e possivelmente a música brasileira mais executada no exterior: Garota de Ipanema.

Durante os anos de 1962 e 1963 criou uma série de “clássicos”: Samba do avião, Só danço samba e Ela é carioca (com Vinicius), O morro não tem vez, Inútil paisagem (com Aluísio de Oliveira), Vivo sonhando.

Nos Estados Unidos gravou discos – o primeiro foi “The Composer Of 'Desafinado' Plays” (1965) –, participou de shows e fundou sua própria editora, a Corcovado Music.

O sucesso internacional de suas canções fez Tom voltar aos Estados Unidos em 1967 para gravar com Frank Sinatra o disco “Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim” com versões em inglês de suas músicas (The girl from Ipanema, How insensitive, Dindi, Quiet night of quiet stars).

No fim dos anos 60, ganhou o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção da TV Globo com Sabiá, parceria com Chico Buarque. Aprofundou seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, sobretudo Villa-Lobos e Debussy.

Prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais. Os albuns Matita Perê e Urubu, lançados na década de 70, incluem as músicas Águas de março, Ana Luíza, Lígia, Correnteza, O boto, Ângela.

Gravou, também, nessa ocasião os discos: “Elis e Tom”, “Miúcha e Tom Jobim” e “Edu e Tom”. Em 1994, lançou seu último CD, “Antônio Brasileiro”.

Tom faleceu em Nova York, em 08 de dezembro de 1994.

Sobre Tom Jobim foram lançados os livros Antônio Carlos Jobim, um homem iluminado, de Helena Jobim (sua irmã); Antônio Carlos Jobim - uma biografia, de Sérgio Cabral; e Tons sobre Tom, de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado.

Mais uma vez, foi muito difícil selecionar, dentre a vasta e rica obra de Tom Jobim, alguma coisa para ilustrar a leitura deste post. Mas finalmente escolhi... Tom cantando Chega de saudade.

Que saudade...

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