Foto: Sérgio Francês Deputado Júlio Delgado (PSB-MG)
Há dois meses à frente da quarta-secretaria secretaria da Mesa da Câmara dos Deputados, que administra os apartamentos funcionais, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse que a instituição caminha para extinguir o auxílio moradia concedido aos deputados, que só ano passado custou R$ 10,8 milhões aos cofres públicos.
Este valor equivale aos benefícios concedidos a 300 deputados ao custo de R$ 3 mil mensais. Nesta legislatura, no entanto, a procura pelo auxílio moradia caiu. Delgado aponta dois fatores para a queda na demanda: a defasagem do valor do recurso e a entrega de 144 apartamentos funcionais reformados, prevista para o próximo mês. O deputado mineiro descarta aumentar o valor do auxílio. “Eu não vou propor nenhum aumento”, garantiu.
O objetivo do secretário é valorizar os imóveis da União investindo em reformas. A estratégia é utilizar o dinheiro economizado com os auxílios moradias para executar as obras. Depois da última reforma, que custou R$ 400 mil por apartamento, os imóveis foram avaliados em R$ 1,8 milhões.
O deputado admitiu que o caminho a se percorrer até a extinção total dos auxílios é longo. Além da reforma de 60 apartamentos que estão inabitáveis, a Câmara precisa de 80 novos imóveis, pois só possui 430. Delgado disse que são necessários, no mínimo, 510 para atender a todos, considerando que alguns parlamentares moram em Brasília e dispensam moradia funcional. “A gente só pode propor o fim do auxílio moradia quando tivermos um apartamento para cada parlamentar”, pontuou. |
Letícia Alcântara/ Repórter |
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